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Existem várias opções para começar um negócio em casa, aqui estão algumas ideias criativas para você começar: Leia o artigo - Qual é o porte da sua empresa? 1. ARTESANATO: Produza sabonetes, difusores de ambiente e velas perfumadas; Crie luminárias decoradas; Faça toalhas, porta-copos e jogos americanos em tecido, crochê, etc.; Confeccione panos de prato ; Desenvolva porta-objetos, prateleiras e nichos decorados ; Explore a arte do patchwork para criar mantas. Produza cachecóis de crochê. 2. Alimentação: A produção de alimentos pode ser feita em casa, desde que você siga as normas de higiene e proteção; Explore a confeitaria: Faça bolo, cupcakes, brigadeiros, bolos de pote, brownies, cookies, trufas, bombons e chocolates personalizados ; Experimente a produção de salgados : Prepare pães de queijo, salgados congelados para fritar ou prontos para consumo; Ofereça opções vegetarianas , sem glúten e/ou lactose. 3. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: Se você tem habilidades específicas, considere of

COMO ELABORAR O ORGANOGRAMA NA EMPRESA FAMILIAR RURAL

AGRICULTURA FAMILIAR

No Brasil encontramos a definição de agricultor familiar e empreendedor familiar rural no Caput do art. 3º, da Lei n. 11.326, de 24 de julho de 2006, que também definiu que para ter o domínio dessa atividade econômica, esse agricultor ou empreendedor familiar, deverá deter, a qualquer título uma área maior do que 4 módulos fiscais, utilizando a mão de obra exclusivamente familiar e que se mantenha com a renda obtida pela produção da atividade econômica desenvolvida dentro de sua propriedade rural.


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Com isso fica mais clara para todos nós que o imóvel rural de até 04 módulos fiscais deverá ser utilizado para gerar renda para o seu detentor e sua família. 

O que não poderá ocorrer é a ociosidade da terra e consequentemente, o seu loteamento para imóveis irregulares, ou, fora dos padrões previstos pela legislação em questão.

Também, não vale apenas seguir à risca o que preleciona a Lei n. 11.326/06, porque senão, o pessoal vai desmatando toda a área, sem as devidas cautelas a serem observadas quanto as normas de proteção ambiental, então, teremos que observar sempre as normas vigentes quanto ao uso e ocupação do solo urbano e não urbano, o Estatuto da Terra, o Código Florestal, a Lei de Proteção aos Mananciais, para não sair por aí comprando áreas verdes que um ‘suposto’ proprietário esteja anunciando na internet por um ‘precinho’ camarada e, mais tarde ter que gastar muito mais dinheiro para solucionar os problemas que essa compra de ocasião te causou.

Vamos falar um pouco sobre as empresas familiares no espaço rural dos municípios.

EMPRESA RURAL DO TÍPO FAMILIAR

As empresas familiares na zona rural se organizam da mesma forma que as empresas familiares urbanas, onde a gestão centralizada está nas mãos do proprietário, quase sempre nas mãos do patriarca da família, enquanto esposa e filhos distribuem os serviços domésticos e as tarefas diárias do trabalho na lavoura ou com a criação de animais.

Na zona rural a gestão familiar de uma empresa é ainda mais centrada na figura patriarcal que além de controlar a gestão dos negócios, controla a gestão familiar e até a rotina de seus agregados tais como genros e noras.


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Lembrando ainda, que numa propriedade familiar rural, conforme a família começa a crescer novas residências surgem dentro dessa propriedade diminuindo o terreno para a produção agrícola ou de animais. 

É muito comum, as construções de alvenaria se espalharem pelo terreno, e, quanto mais gerações da mesma família surgir maior será essas concentrações de moradias e o parcelamento do solo entre os filhos. 

Muitos desses sucessores não se encontram predispostos a dar continuidade a produção agrícola acabando por vender o ‘seu’ imóvel para terceiros. 

Atualmente, a zona rural possuem inúmeras áreas que não são efeitos da expansão urbana, pelo contrário, são comunidades formadas por grau de parentesco que desmatam, poluem, e descaracterizam a propriedade rural, exigindo das autoridades municipais serviços e equipamentos urbanos que não estão previstos no orçamento municipal, justamente, por estar esses aglomerados residenciais distantes das legislações previstas para condomínios, loteamentos, usucapião, por fim, não se enquadram na legislação, mas, existem fisicamente gerando um novo conflito de interesses entre os costumes e o Direito.

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Dá para perceber que as relações humanas existentes numa empresa familiar rural são mais delicadas que as existentes nas empresas urbanas familiares.

ALGUMAS DICAS PARA A SUA EMPRESA FAMILIAR RURAL CONTINUAR A EXISTIR POR MUITOS ANOS.

1. DEFINA UM ORGANOGRAMA PARA A EMPRESA

O empresário rural também tem muito mais dificuldades para lidar com a sucessão familiar e do próprio negócio. 

Para tentar manter uma empresa família rural produzindo e longeva o proprietário deverá preparar estratégias adequadas para cada etapa da empresa rural e a adequação da família para as diversas realidades que irão se formar ao longo da existência dessa empresa.

A empresa familiar rural tem uma peculiaridade que muitas das vezes não existem na empresa familiar urbana, justamente por estar relacionado a questão da moradia da família empresária.

Na empresa familiar urbana quando o negócio expande a empresa acaba saindo de dentro da residência e passa a ter um domicílio próprio, o que não ocorre com a empresa familiar rural, a onde a atividade econômica acontece no quintal da casa familiar, por isso, o patrimônio jurídico e físico acabam se misturando mais facilmente.

Por isso, é importante estabelecer um planejamento sucessório para manter a governança da empresa familiar entre todos os membros da família empreendedora.

Através da criação e gestão do planejamento sucessório, a empresa familiar poderá desenvolver melhor todo o funcionamento e atribuições de cargos dentro da empresa, manter a qualidade da produção, facilidade em vender os produtos, abrir o tipo societário e assim por diante.

O organograma de uma empresa pode ser montado e afixado na parede da cozinha da sede da chácara, sítio ou fazenda, ou, em qualquer outro lugar que fique fácil para todos os membros da família o visualizarem todos os dias antes de começar o serviço diário, assim todos saberão quais são as distribuições de tarefas, suas funções e atribuições laborativa dentro dos quadros da empresa.

Também é uma forma indireta de dar ordens e saber que ao final do dia tudo foi realizado sem os velhos atritos entre aqueles que adoram só dar ordens e os outros que tem que realizar tais ordens sem questionar, ou, como pai e mãe adora dizer:

- “não reclame tanto!"

Ou,

- “deixe de reclamar todas as vezes que te peço qualquer coisa!"

Só que esse mandante, muitas das vezes esquece que os filhos ou agregados também ficam doentes, cansados, indispostos, e, como eles não tem vinculo trabalhista com o próprio pai, acabam também não tendo direito a férias, ou período de descanso entre uma tarefa ou outra.

A situação desses filhos/trabalhadores rurais fica muito pior em vésperas de provas escolares, ou em dias frios, onde muitos jovens também queriam ter um tempo jogando videogame ou simplesmente, ficar em baixo de cobertores.

O CEO de uma empresa familiar rural deve prestar mais atenção as necessidades dos filhos, pois, quanto mais, desvalorizar essas necessidades, menos jovens continuarão mantendo as empresas rurais em atividades.

O organograma a seguir pode ser um exemplo bem simples para a destruição de competências, funções e atribuição de cada filho, ou agregado que trabalhe para a empresa familiar.


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Esse organograma pode ser feito numa folha de papel sulfite, numa cartolina, com postiche de papeis coloridos adesivados numa lousa, ou um desenho na parede, enfim, não importa o lugar ou de que material é feito.

A sua função é apresentar no mural como a empresa pode ser organizada para funcionar sem que a toda hora alguém precise dar ordens ou mandar o outro fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 

O objetivo dessa ferramenta é estruturar e organizar os espaços nos quais cada membro da família estará inserido, sua responsabilidade e suas atividades diárias.

Esse organograma também irá definir cargos e a hierarquia dentro da empresa familiar, além de definir as equipes, departamentos. 

Garantindo o fluxo dos processos da empresa ajudando todos os membros da família a entender a movimentação que existe dentro da pessoa jurídica podendo assim descentralizar seus interesses e património da pessoa jurídica dos demais interesses das relações familiares.

Também é uma forma de demonstrar ao ‘dono’ da empresa que ele pode dividir tarefas, principalmente, aquelas que demandam liderança, dividir o trabalho entre os membros do ‘clã’ medindo o desempenho individual de todos os participantes da cadeia produtiva da empresa.

É uma maneira de mostrar ao fundador da empresa que, todo o processo produtivo e administrativo pode ser direcionado a ter resultados positivos para o trabalho da empresa. 

O organograma vai mostrar que a empresa familiar tem vida própria e pode seguir seu caminho sozinha mesmo que seu idealizador venha a faltar um dia.


O sucesso de uma empresa está na sua estrutura organizacional eficiente e bem planejada.


O organograma de uma empresa familiar rural ou urbana será constituído na forma de uma Diretoria fundamentada no modelo tripartite:

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Cada uma dessas diretorias terá uma ramificação com a função de cada membro da família de acordo com a necessidade organizacional da empresa.

Para cada membro da família existe uma função específica, ou seja, ele adquire uma atribuição, porém, isso não quer dizer que um determinado, filho, deva exercer apenas uma única atividade, ou seja: “ao filho que ordenha um animal produtor de leite, apenas deve exercer essa função. Pelo contrário, a sua atribuição estará diretamente ligada a responsabilidade da função, e não a obrigatoriedade de ser apenas o ordenhador”.

Organizar uma empresa familiar pode ser muito cansativo, mas é necessário, principalmente, quando o dono’ da empresa é o pai da família, pois nessa situação, é muito comum, os pais demandarem as atribuições das funções laborativas para os filhos, voltados para os paradigmas culturais da influência exercida pelo patriarcado: ‘o pai manda e o filho obedece sem questionar’.


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Para que isso não ocorra, ou melhor, não venha a ocorrer em empresas familiares, principalmente, nas rurais a onde a figura do patriarca está associada a de chefe e autoridade inquestionável, o melhor a se fazer para definir as atribuições de funções e cargos específicos será colocar todas as atividades dos membros da empresa registradas em papel – ou seja, efetivar as funções e atribuições através de Contratos de prestação de serviços, pois a empresa é uma personalidade jurídica com fins distintos e próprios diferentes das vontades dos membros da família.

O gestor de uma empresa familiar deve observar a aptidão, a vocação e afinidade de cada membro da família para cada cargo e função dentro da organização empresarial. 

O que deve ser evitado é indicar o fulano de tal, primo de outro parente, para cargo de chefia e outro fulano de tal com qualificações técnicas ou administrativas para o cargo de carregador de caixas. 

Quando existe essa indicação pode o parente, ou filho, acreditar que o fundador/gestor possa estar menosprezando um filho em detrimento de outro. 

Os sentimentos de ciúmes, raiva, inveja são bastante comuns entre irmãos, principalmente, por questões de favoritismo entre os pais e filhos, e isso pode arruinar todo o processo de gestão de uma empresa. 

De nada adiantaria colocar uma pessoa sem habilidade alguma para ocupar cargos de governanças, pois os riscos de que os resultados da empresa sejam afetados pela falta de preparo desse familiar podem gerar danos irreversíveis para a empresa.

O mais importante para a gestão de uma empresa não é a predileção de um determinado ente familiar, mas sim, a pessoa jurídica que pode sofrer um revés econômico gigantesco em virtude da falta de preparo provocado pela indicação errônea de um parente que poderia ocupar outro cargo e função na empresa.

Através do organograma existirá um entendimento melhor da divisão operacional da gestão e governança da empresa para se ter a continuidade da mesma.

Numa empresa familiar de pequeno porte não será necessário criar vários cargos e atribuir várias funções aos membros da família ou trazer outros profissionais para trabalhar em sua Diretoria, basta apenas observar as necessidades primordiais para gerir e operar o trabalho da empresa preparando os familiares e o próprio fundador, que também precisa estar sempre se qualificando e aprimorando seus conhecimentos.

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A pessoa que for ocupar um cargo específico dentro da gerencia da empresa ou de qualquer outro departamento técnico deve ter conhecimentos básicos para o cargo em especial.

Caso você, como CEO  da empresa pode também, pedir, para aquele parente que, insistentemente, te pediu uma ‘vaguinha’ na sua empresa a fazer cursos de aperfeiçoamento ou qualificação para exercer o cargo que irá ocupar.

Também não vale você acabar empregando todos os parentes da sua esposa para ocupar cargos que exigem conhecimento técnico – e eles não têm – só para você não pagar um técnico ou um profissional liberal para aquela função específica. Sabemos que tem CEO de empresa familiar, querendo deixar de pagar o justo valor da mão de obra qualificada só por ser parente. Isso também não é correto, né? Pagar o devido salário a quem faz jus é fundamental para a boa sobrevivência da empresa familiar.

Enfim, quanto vale o trabalho desse familiar?



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